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À manhã - William Blake

Ó sagrada virgem, de alvura adornada.
Abre os dourados umbrais do céu e sai,
Desperta a aurora inebriada no azul,
deixa a luz emergir de sua morada no leste
e esparge o suave orvalho que vem com o novo dia.
Ó luminosa manhã, saúda o sol
que qual um caçador cedo se levanta
e se alça sobre nossas colinas.
Escuta o beija-flor, que a canção da primavera entoa
e a suave cotovia, no terno ramo pousada
que na aurora sibilante surge sobre os ondulantes trigais
regendo os refulgentes corais do sol,
trina, trina, trina,
deslizando nas asas da luz,
Escoando através do azul imenso
da concha celestial.


O Jardim do Amor - William Blake


O Jardim do Amor fui visitar,
E vi então o que jamais notara:
Lá bem no meio estava uma Capela,
Onde eu no prado correra e brincara.

E os portões desta Capela não abriam,
E "Não farás" sobre a porta escrito estava;
E voltei-me então para o Jardim do Amor
Lá onde toda a doce flor se dava;

E os túmulos enchiam todo o campo,
E eram esteias funerárias as flores;
E Padres de preto, em seu passeio secreto,
Atando com pavores minhas alegrias & amores.